Mais de 10 países estariam estudando experiência da Rússia no registro de vacinas contra coronavírus

Segundo o diretor-geral do Fundo Russo de Investimento Direto (RFPI, na sigla em russo), há um grupo de países querendo acelerar o registro de vacinas para combater a pandemia.
Sputnik

Mais de dez países parceiros do Fundo Russo de Investimento Direto estão estudando a experiência da Rússia para acelerar o registro de suas vacinas anti-COVID-19, disse Kirill Dmitriev, diretor-geral da organização.

Segundo ele, os países estão interessados em "soluções comprovadas", por exemplo, o uso de adenovírus humano, como fizeram os cientistas russos ao criar a vacina Sputnik V.

"O registro na China da vacina Sinovac contra a infecção pelo coronavírus através do procedimento acelerado para emergências mostra que muitos países estão seguindo o caminho da Rússia nesta matéria. A China está a começar a proteger seus médicos e professores segundo o modelo russo, fornecendo a vacina a grupos de alto risco", informa.

Características das vacinas

A Rússia se tornou o primeiro país do mundo a registrar uma vacina contra a COVID-19, batizada de Sputnik V, em 11 de agosto. A vacina foi desenvolvida pelo Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya e atualmente está passando pela terceira fase de testes.

A vacina russa Sputnik V usa dois tipos de adenovírus humanos com fragmentos de um gene do coronavírus em sua composição. Os adenovírus são um grupo de vírus que geralmente causam doenças respiratórias. Eles funcionam como vetores do RNA mensageiro do SARS-CoV-2, estimulando uma resposta imune no organismo dos indivíduos.

A China, por sua vez, aprovou o uso da vacina Sinovac em julho para grupos de risco e profissionais da saúde, relatou a Reuters, citando uma fonte anônima. O Grupo Nacional Biotec da China (CNBG) tem duas vacinas em desenvolvimento e teria dito no domingo (23) que fez aprovação de emergência de uma vacina anti-SARS-CoV-2, sem especificar qual era.

A Sinovac tem um mecanismo semelhante à Sputnik V, com a China e a Rússia colaborando amplamente, tanto no desenvolvimento como na produção em massa das vacinas.

As vacinas de adenovírus humano comprovadamente não apresentam riscos à saúde em longo prazo, inclusive não havendo nenhum risco de desenvolvimento de células cancerígenas e nenhum risco de afetar a fertilidade. A segurança à saúde foi comprovada por mais de 75 publicações internacionais e em mais de 250 ensaios clínicos.

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