Imigrantes em barco à deriva do artista Banksy são resgatados no Mediterrâneo

A Guarda-Costeira da Itália resgatou neste sábado (29) 49 imigrantes de um barco financiado pelo artista britânico Banksy, que estava à deriva no Mediterrâneo com mais de 200 pessoas a bordo. 
Sputnik

Segundo as primeiras informações, 49 pessoas, avaliadas como as mais vulneráveis, foram retiradas da embarcação. O barco tinha emitido um sinal de alerta e aguardava socorro após ter resgatado 130 imigrantes de um bote, que se somaram a outros que já estavam a bordo. 

A tripulação do barco Louise Michel, de 31 metros e com bandeira alemã, informou que ele tinha ficado superlotado e não conseguia se movimentar, por isso o pedido de ajuda. Ao todo, a embarcação estava com 219 imigrantes a bordo, resgatados desde terça-feira (25) na costa da Líbia. 

"Em função do perigo da situação, a Guarda Costeira enviou um barco-patrulha para Lampedusa, que recolheu 49 pessoas consideradas mais frágeis: 32 mulheres, 13 crianças e quatro homens", disse a Guarda Costeira por meio de comunicado, segundo a agência AFP. 

Imigrantes foram transferidos para outra embarcação

Os 49 imigrantes foram transferidos para um navio fretado pela ONG alemã Sea Watch e pela organização Médico Sem Fronteiras, que procura um porto para desembarcar. 

Segundo relatos de imigrantes resgatados, o combustível do bote no qual estavam tinha acabado. Após passarem vários dias no mar à deriva, três pessoas tinham morrido antes do Louise Michel os encontrar. 

Em vídeo postado nas redes sociais, Banksy, artista que mantém sua identidade em segredo, disse que tinha comprado o barco, que começou a operar na semana passada, para ajudar imigrantes "pois as autoridades da União Europeia deliberadamente ignoram pedidos de socorro de quem não é europeu". 

Comentar