Argentina continuará em quarentena ao menos até 20 de setembro

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou que o isolamento social, vigente e obrigatório, que regia o país até 30 de agosto, será prolongado até 20 de setembro.
Sputnik

Em um dia em que a Argentina alcançou seu quarto recorde consecutivo de casos diários do novo coronavírus ao detectar 11.717 infecções, Fernández destacou que 18 dos 24 distritos do país apresentam transmissão comunitária do vírus SARS-CoV-2.

"Em comum acordo com os governadores, tomamos a decisão de prorrogar as medidas de cuidado, o isolamento sanitário e o distanciamento físico até o próximo 20 de setembro", anunciou o mandatário em uma mensagem gravada e difundida nas redes sociais.

"O problema está em todo o país", observou o chefe de Estado.

Há um mês e meio, 93% dos novos casos se concentravam na cidade de Buenos Aires e nos 40 municípios adjacentes da província homônima, na área conhecida como Área Metropolitana de Buenos Aires (AMBA).

"Agora, nas províncias esta porcentagem se multiplicou por cinco e hoje representa 37% do total dos casos", advertiu o governante.

Reuniões ao ar livre

As regiões mais afetadas são Jujuy (norte), com um sistema sanitário no limite de sua capacidade, e Mendoza (centro oeste), além de Córdoba (centro) e Santa Fé (centro leste).

"A quantidade de falecidos por milhão de habitantes continua sendo comparativamente melhor que a de outros países porque o sistema de saúde não foi sobrecarregado", destacou Fernández.

Na AMBA, onde as restrições foram mais severas desde o início da quarentena em 20 de março, "parece haver alguns dados encorajadores".

Porém, em todo o país serão autorizados encontros de até 10 pessoas ao ar livre, sempre que as pessoas utilizem máscaras e mantenham a distância de dois metros.

Argentina continuará em quarentena ao menos até 20 de setembro

"Não naturalizemos os contágios, que são muitos, e muito menos as mortes", pediu o presidente.

A Argentina, que se encontra em quarentena desde 20 de março, acumula mais de 390 mil casos de COVID-19, mostram os últimos dados da Universidade Johns Hopkins (EUA).

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