O benefício, atualmente de R$ 600, começou a ser pago em 9 de abril para ajudar trabalhadores informais e desempregados durante a pandemia do novo coronavírus. Em março, o governo propôs um auxílio de R$ 200, mas a Câmara dos Deputados rejeitou a quantia e assumiu a discussão sobre o tema, indicando um benefício de R$ 500. Por fim, o governo sugeriu o valor atual, que acabou sendo aprovado no Congresso.
Em Caldas Novas para inaugurar uma usina de energia, o presidente voltou a afirmar que o benefício será prorrogado até o final do ano, e disse que o auxílio é "pouco para quem recebe e muito para quem paga".
"Sabemos da necessidade desses que recebem auxílio emergencial. É pouco para quem recebe e muito para quem paga. Vocês gastam R$ 50 bilhões nesse auxílio. Pretendemos, com um valor menor, não será R$ 600, mas não será R$ 200, prorrogá-lo até o final do ano", afirmou Bolsonaro, segundo o jornal O Globo.
Sem máscara, abraços e apertos de mão
Na cerimônia, o presidente ficou sem máscara em vários momentos, cumprimentou pessoas com a mão, deu abraços e tirou fotos, contrariando recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O valor defendido pela equipe econômica para a manutenção do benefício é de R$ 200, soma que o presidente considera baixa. Por outro lado, especialistas afirmam que se um auxílio de R$ 600 for pago durante muito tempo, o país quebraria. Segundo o governo, atualmente 60,3 milhões de pessoas recebem a ajuda.
De acordo com pesquisas recentes, a aprovação de Bolsonaro subiu recentemente, o que seria explicado pelo alcance do benefício. Alguns estudos mostram que o pagamento ajudou a diminuir a desigualdade no país e aumentar a renda da população, apesar da crise da COVID-19.
Segundo fontes do governo citadas pela mídia, o governo deverá fechar a prorrogação da ajuda em R$ 300. O valor e as regras sobre o pagamento deverão constar em Medida Provisória que será enviada ao Congresso.
'Estamos fazendo o possível'
Em seu discurso na cidade goiana, Bolsonaro também defendeu as obras de infraestrutura que estão sendo feitas ou continuadas em seu governo, mas disse que o país tem "restrições orçamentárias sérias.
"Estamos fazendo o possível com os poucos recursos públicos que temos. O Brasil é um país que deve muito. Gostaríamos de fazer muito mais, mas temos restrições orçamentárias bastante sérias", afirmou o presidente, segundo o jornal Folha de S.Paulo.