Washington entra em jogo perigoso com Pequim no mar do Sul da China, avalia especialista

Tensões militares se tornam cada vez mais visíveis entre os EUA e a China, enquanto Washington continua sua política para dominar as questões globais, avalia especialista.
Sputnik

Em uma entrevista à Sputnik Internacional, Mike Wong, vice-presidente da seção do Corpo de Veteranos para Paz em São Francisco, nos EUA, afirmou que "tem havido um constante entusiasmo com os exercícios navais dos EUA tanto no mar do Sul da China como no estreito de Taiwan".

"Nós enviamos dois grupos de porta-aviões atravessando juntos o mar do Sul da China. Isto começou tudo. Agora, estamos enviando outras embarcações [...] A Marinha da China não pode ignorar estas provocações, porque ainda que os EUA afirmem que seja 'liberdade de navegação', não é liberdade de navegação quando você envia dois grupos de porta-aviões através do mar do Sul da China – isso é intimidação", disse Wong.

Para o norte-americano, "estes são os tipos de exercícios militares que veríamos se fossemos para guerra contra a China ou se fossemos bloquear o mar do Sul da China, onde chegam 60% do petróleo da China e comércio no valor de milhares de dólares".

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A região contém muitas ilhas, recifes e baixios atualmente controlados pela China, mas disputados por vários outros países, como Vietnã, Taiwan e Filipinas, representando uma grande importância estratégica e econômica, com grandes recursos naturais, para o gigante asiático.

"Isto poderia facilmente escalar para uma confrontação com disparos", acredita Wong. "Portanto, a possibilidade de uma verdadeira guerra nuclear se torna uma possibilidade real, e isto é extremamente perigoso", acrescentou.

Na quinta-feira (27), o coronel Li Huanim, porta-voz do Comando do Teatro do Sul do Exército de Libertação Popular da China, acusou os EUA de violarem as fronteiras marítimas da China.

Contudo, a Marinha norte-americana nega qualquer irregularidade, defendendo que realiza somente operações de rotina no mar do Sul da China.

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