Foi descoberto um grande buraco em forma de cratera na península de Yamal, no norte da Sibéria, Rússia, informa o jornal Siberian Times. O local foi avistado pela primeira vez em julho por repórteres do canal Vesti Yamal.
Desde então uma equipe de cientistas visitou o achado para investigar o buraco de 50 metros de profundidade.
O professor Vasily Bogoyavlensky, do Instituto Russo de Pesquisa de Petróleo e Gás em Moscou, Rússia, disse à mídia:
"Este objeto é único. Ele traz muitas informações científicas adicionais, que ainda não estou pronto para divulgar. Este é um assunto para publicações científicas. Temos que analisar tudo isso, e construir modelos tridimensionais."
Dr. Yevgeny Chuvilin, do Instituto de Ciência e Tecnologia Skolkovo, ficou muito impressionado com o tamanho da estrutura, citando "enormes forças da natureza".
As crateras aparecem devido ao acúmulo de gás metano em locais com pergelissolo descongelado sob a superfície, que "podem atingir tamanhos de cinco a dez metros ou mais", diz. Têm ocorrido explosões em montes na tundra, que irrompem quando o gás se acumula sob uma espessa camada de gelo.
Anteriormente, Bogoyavlensky afirmou que a exploração das reservas de gás maciças no distrito autônomo Yamálo-Nenetsky poderia ter causado desastres ecológicos.
Desde 2014 que têm sido relatados buracos no norte da Sibéria, sendo que os cientistas atribuíram o número 17 à atual cratera, correspondente ao número de tais estruturas descobertas na região desde então.