O pedido de extradição ao Brasil já foi feito pelo Ministério da Justiça. As informações foram divulgadas pela TV Globo. O ataque com coquetéis molotov contra a produtora ocorreu em 24 de dezembro do ano passado, motivado por um especial de Natal do grupo de humor, que representava Jesus como um homossexual.
Fauzi foi identificado pela Polícia Civil como um dos cinco autores do atentado. Após o ocorrido, o suspeito viajou no dia 29 de dezembro para Moscou, onde moram sua namorada e seu filho. O mandado de prisão contra Fauzi foi expedido no dia seguinte.
O suspeito chegou a afirmar que iria pedir asilo político na Rússia, onde alegou estar com visto de turista.
Defesa diz que não há pedido de extradição
O escritório de defesa de Fauzi, que tem sede em Santa Catarina, disse "que não trata-se de prisão e sim de uma apreensão realizada pelas autoridades russas, visando a averiguação da situação dele".
A defesa afirma ainda que "não há confirmação sobre o procedimento de extradição pelas autoridades brasileiras".
"Por fim, ressaltamos que há pendente a análise de pedido de habeas corpus, visando assegurar a integral liberdade de Eduardo, junto ao Superior Tribunal de Justiça, em Brasília. Por outro lado, a defesa lamenta a morosidade na conclusão das investigações, não se sustentando o decreto prisional, por total ausência de provas sobre a justa causa penal", acrescentou o escritório.
Atentado provocou incêndio
À época do atentado, a produtora disse que houve danos materiais na recepção e na área externa do prédio. Um vigia estava no local na hora do crime, mas não se feriu.
Segundo integrantes do Porta dos Fundos, caso o segurança não estivesse na produtora todo o prédio poderia ter pegado fogo.
Em entrevistas para a imprensa após o ataque, Fauzi defendeu o pensamento cristão e disse que o ato tinha sido executado para provocar reflexão na sociedade.