Em vídeo publicado em suas redes sociais, no qual aparece ao lado do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, Bolsonaro afirmou que não deixaria os brasileiros que vivem na Amazônia "desamparados".
"O Brasil é o país que mais preserva o meio ambiente. A Amazônia é nossa e nós vamos desenvolvê-la. Afinal de contas, lá existem mais de 20.000.000 de brasileiros que não podem ficar desamparados. Parabéns a todos pelo dia da nossa Amazônia. Amazônia cada vez mais brasileira", disse o presidente.
Salles, por sua vez, dirigiu-se a Bolsonaro e elogiou a política ambiental do governo, citando temas como "regularização fundiária" e "bioeconomia".
"O seu governo valoriza o cuidado com as pessoas da Amazônia, com o meio ambiente da Amazônia. E para isso as medidas importantes que o senhor tem apoiado de valorização das pessoas, do meio ambiente, da regularização fundiária, do zoneamento econômico e ecológico, a bioeconomia, e o pagamento pelos serviços ambientais no programa Floresta Mais", disse Salles.
Frederico D’Avila (PSL-SP), ruralista e deputado estadual de São Paulo, também participou da gravação. Segundo ele, "pela primeira vez o meio ambiente do Brasil não é mais um bom negócio para ambientalistas".
Bolsonaro chamou ONGs de 'câncer'
Na quinta-feira (3), em transmissão ao vivo nas redes sociais, Bolsonaro comparou ONGs que atuam na Amazônia a um "câncer".
"Você que está numa 'ongzinha' aí pegando grana de fora. Vocês sabem que as ONGs não têm vez comigo. A gente bota para quebrar em cima desse pessoal. Não consigo matar esse câncer em grande parte chamado ONG que tem na Amazônia", afirmou o presidente.
Dados apontam alta do desmatamento
Segundo dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), ao longo do primeiro semestre de 2020, o estado do Amazonas registrou um aumento de 51,7% no número de incêndios em comparação com o ano anterior.
Em toda a Amazônia, o desmatamento aumentou pelo 14º mês consecutivo em junho, com alta de 10,7% em comparação com junho de 2019. Nos primeiros seis meses do ano, o desmatamento aumentou 25%, de acordo com dados da agência.
No Pantanal, os incêndios triplicaram em 2020 em relação ao ano anterior.