A razão disso seria a alegada construção de um submarino VAS 525 em um estaleiro militar em Puerto Cabello, no país sul-americano.
De acordo com H I Sutton, especialista militar da Forbes, o submarino estaria em desenvolvimento desde 2015, enquanto seria semelhante à versão do submergível VAS 525 SL Mk2, originalmente da Itália.
A embarcação subaquática italiana possui pouco mais de sete metros de comprimento e dois metros de largura, publicou a Forbes.
Além disso, o submarino pode descer até 160 metros abaixo da superfície marítima.
De acordo com Sutton, o submarino é pouco conhecido, inclusive nos círculos de defesa, enquanto possui características semelhantes a outro veículo submarino testado recentemente pela Marinha dos EUA.
Sobre o possível uso do minissubmarino VAS 525 da Marinha Bolivariana da Venezuela
Quanto ao seu uso, o suposto submergível venezuelano poderia ser aplicado tanto para fins civis quanto militares.
Carregando sabotadores
O submergível seria capaz de carregar mergulhadores-sabotadores a serviço das Forças Armadas da Venezuela.
Uma vez no mar, tais sabotadores poderiam plantar minas no casco de navios.
Contudo, Sutton ressalta que o alvo mais sensível corresponderia a cabos de Internet, assim como outras estruturas submarinas de fibra óptica utilizadas para comunicações no Caribe.
Em particular, diversos cabos no território da baia de Guantánamo, utilizados pelos EUA, poderiam ser alvo de atos de sabotagem no Caribe.
"E existem muitos outros cabos no alcance dos navios venezuelanos", frisou Sutton.
Uma fez feito um ataque de tal espécie, obras de reparo seriam difíceis de ser conduzidas.
"Cabos submarinos de Internet são frequentemente danificados pelas ancoras de navios, mas isso é geralmente perto da costa. Consequentemente, eles podem ser reparados facilmente. Mas um ataque em águas profundas, especialmente se os navios de reparo se sentirem sob ameaça, poderia ser mais perturbador", acrescentou.
Contudo, o especialista acredita que a condução de tal ataque poderia ser difícil para a Venezuela, ao menos que o país utilize navios civis para transportar o submergível até a região do ataque.