Mistério do Triângulo das Bermudas pode ter sido finalmente resolvido

Especialista busca explicar um dos maiores mistérios da navegação: o que leva embarcações a desaparecerem ao longo dos séculos no Triângulo das Bermudas?
Sputnik

Um cientista adentrou os mistérios do Triângulo das Bermudas, uma área de aproximadamente 500 mil quilômetros quadrados, no Caribe, sugerindo ter descoberto a resposta para desaparecimentos enigmáticos de aeronaves e embarcações atribuídos à área.

Shane Satterley, doutorando pela Universidade Griffith, da Austrália, analisou que um estudo mais profundo dos registros destes incidentes poderia ajudar a explicar o fenômeno.

Satterley é citado pela publicação Conversation se referindo ao que se acredita ser uma das maiores perdas na área.

Em 1945, cinco bombardeiros Avenger da Marinha dos EUA, voando do estado da Flórida para a ilha de Bimini, desapareceram. O desaparecimento ocorreu após uma ligação de rádio de 14 homens a bordo, afirmando que suas bússolas não funcionavam mais. O líder dos voos, coronel Charles Taylor, pode ser escutado dizendo:

"Estamos entrando em águas claras, nada parece certo. Não sabemos onde estamos, a água é verde, não é clara."
Três aeronaves de resgate também desapareceram.

"Pegue o desaparecimento de Charles Taylor e as cinco aeronaves, que a Marinha dos EUA investigou. A investigação descobriu que, conforme ficou escuro e clima mudou, Taylor navegou as aeronaves na direção errada. Taylor também tinha um histórico de se perder enquanto voava. Por duas vezes, ele precisou ser resgatado no oceano Pacífico", afirmou o cientista.

Satterley acredita que a Marinha também imaginava o que poderia, de fato, ter levado ao desaparecimento.

"Contudo, o incidente foi finalmente descrito como 'causa desconhecida', porque a mãe de Taylor, que não queria que seu filho fosse culpado pelo desaparecimento, salientou que se a Marinha não pudesse achar a aeronave, então, não poderiam dizer exatamente o que aconteceu. Com o intuito de não culpar Taylor, a Marinha aceitou", acredita Satterley.

A maioria dos pilotos no registro estava em treinamento, e, possivelmente, não era capaz de lidar com as mudanças climáticas ocorridas durante o voo. Além disso, as aeronaves pilotadas eram conhecidas por "afundarem em 45 segundos se aterrissassem na água".

Portanto, Satterley concluiu que em incidentes de décadas atrás, se uma aeronave afundasse no vasto oceano, frequentemente nunca seria encontrada.

Segundo o cientista, informações sobre os desaparecimentos no Triângulo das Bermudas "não são maiores, proporcionalmente falando, do que em qualquer outra parte do oceano".

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