OCDE revela queda recorde do PIB do G20: impacto da COVID-19 é 4 vezes pior do que a crise de 2009

Impacto da COVID-19 nas principais economias foi quatro vezes mais severo do que a crise de 2009 e criou um golpe "sem precedentes" no crescimento no segundo trimestre em quase todos os países.
Sputnik

O crescimento no G20, organização de 19 países e a União Europeia, que representa 80% da produção econômica mundial, caiu um recorde de 6,9% entre abril e junho em relação ao primeiro trimestre e 9,1% em relação ao segundo trimestre do ano passado. Os dados são da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

A queda de 6,9% superou a contração de 1,6% registrada no mesmo período de 2009, quando a crise financeira estava no auge, afirmou a organização.

A China, primeiro país afetado pela pandemia e onde os confinamentos terminaram mais cedo do que no resto do mundo, foi a única economia a se recuperar, expandindo-se a uma taxa de 11,5% no segundo trimestre.

As medidas de contenção da COVID-19 pesaram fortemente sobre a atividade econômica no segundo trimestre de 2020, com quedas sem precedentes no PIB na maioria dos países do G20. Para a área do G20 como um todo, PIB caiu um recorde de (menos) 6,9%

Brasil encolheu 9,7%, o mesmo valor da Alemanha. EUA caiu 9,1% e a Índia despencou 25,2%. Em contraste, Coreia do Sul e Rússia foram menos impactados negativamente, caíram ambos 3,2%.

De acordo com a OCDE, a economia global ficará muito pior se uma segunda onda de infecções levar os governos a renovar quarentenas em larga escala. Sem novas paralisações, o crescimento global pode encolher cerca de 6% este ano, acabando com uma sequência de cinco anos de crescimento.

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