Em agosto, Israel e os Emirados Árabes Unidos concordaram em normalizar suas relações bilaterais, o que, entre outras coisas, fez com que Israel desistisse de seus planos de estender sua soberania sobre algumas áreas da Cisjordânia através da anexação de territórios. Quase um mês depois, o rei do Bahrein, Hamad bin Isa al-Khalifa, anunciou oficialmente um tratado semelhante após uma conversa telefônica com o presidente dos EUA, Donald Trump e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
A cerimônia oficial de assinatura dos tratados de paz foi transmitida da Casa Branca ao vivo nesta terça-feira (15), em Washington. Durante a solenidade, Emirados Árabes Unidos e Bahrein se reconciliaram oficialmente com Israel, estabelecendo os acordos mediados pelos EUA.
Além de Donald Trump, estiveram presentes na cerimônia o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, o chanceler dos Emirados Árabes Unidos, Abdullah bin Zayed, e o chanceler do Bahrein, Abdullatif al-Zayani.
Tais acordos pretendem contornar a questão da Palestina no sentido de criar uma solução de dois Estados para o conflito com Israel e permitir uma reaproximação do Estado judeu com alguns de seus países vizinhos.
Apesar das intenções de solução multilateral, os palestinos não participaram da costura dos acordos e criticaram duramente as iniciativas, assim como outros países na região, como o Irã e a Turquia.
Os Emirados Árabes Unidos e Bahrein serão o terceiro e o quarto países árabes a reconhecer Israel, sendo que o Egito e a Jordânia o fizeram em 1979 e 1994, respectivamente.