EUA teriam introduzido novo comboio militar de dezenas de caminhões no nordeste da Síria

Os EUA continuam mantendo uma presença militar considerável no nordeste da Síria, rico em poços de petróleo, apesar das repetidas promessas do presidente Donald Trump de retirar as tropas do país.
Sputnik

As Forças Armadas dos EUA levaram um comboio composto por 58 veículos para a província síria de Al-Hasakah, vindos do Iraque através do ponto de passagem da fronteira de Al-Waleed, informou a Agência de Notícias Árabe da Síria (SANA), citando fontes civis na zona rural de Al-Yaarubiyah.

O comboio se dirigia à cidade de Qamishli, local do confronto mortal do mês passado entre as forças norte-americanas e sírias, que deixou um soldado sírio morto e dois outros feridos.

Os veículos alegadamente incluíam blindados, caminhões carregando placas de cimento e outros equipamentos.

As forças dos EUA na Síria não comentaram o comboio, seus movimentos ou seu propósito. Nos últimos dias, fontes locais relataram um aumento na atividade ao longo da fronteira sírio-iraquiana, incluindo a chegada de outro comboio de 65 veículos do Iraque, entre eles veículos militares em carretas prancha, caminhões refrigerados, caminhões-tanque e escoltas de veículos blindados.

A SANA também relatou a transferência de um comboio de dezenas de veículos militares e civis danificados para o Iraque.

Um comboio das forças de ocupação dos EUA composto por 150 veículos militares e um caminhão-tanque carregando veículos blindados e caminhões cobertos e tanques danificados deixou suas bases ilegais na região síria de Al-Jazira ao norte do Iraque através da travessia ilegítima de Al-Waleed.

O ponto de fronteira de Al-Waleed permanece fora do controle do governo sírio, que o classifica como um ponto de travessia "ilegal" devido à falta de jurisdição.

Forças de ocupação dos EUA trouxeram ontem 65 veículos, caminhões, caminhões refrigerados e caminhões-tanque, acompanhados por vários veículos blindados através da travessia ilegítima de al-Waleed vindos do Iraque para suas bases ilegais na província de Al-Hasakah, na Síria.

As autoridades sírias têm instado repetidamente as forças norte-americanas a deixar o país, enfatizando que sua presença é ilegal segundo o direito internacional e acusando-as e seus aliados curdos de roubar os recursos do país nas regiões ricas em petróleo de Al-Hasakah e Deir ez-Zor, onde está estacionada a maioria das tropas norte-americanas.

A administração Trump rejeitou as exigências de Damasco, com o próprio presidente Trump prometendo repetidamente "manter" o petróleo da Síria, apesar das preocupações dos especialistas jurídicos de que isso violaria as leis internacionais contra a pilhagem.

Nesta semana, o presidente sírio Bashar Assad atacou a administração Trump por agir como um "grupo terrorista" e um "Estado vilão". Segundo o livro "Medo: Trump na Casa Branca" (Fear: Trump in the White House), publicado em 2018 e cujos conteúdos Trump negou, o presidente norte-americano queria assassinar Assad em 2017, mas não o conseguiu devido à resistência de seu então secretário de Defesa, James Mattis.

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