Ramaphosa discursou de forma remota devido às medidas de distanciamento para conter a pandemia do novo coronavírus.
"Apelamos à comunidade internacional e aos nossos parceiros internacionais para apoiarem a implementação de um pacote de estímulo abrangente para os países africanos", disse o presidente sul-africano.
O dirigente afirmou ainda que os países de seu continente precisarão de auxílio para recuperar suas economias após a pandemia.
"Isto permitirá aos países africanos não apenas mitigar os impactos da COVID-19 na saúde, mas para nos ajudar na imensa tarefa de reconstruir nossas economias destruídas", disse.
Na mesma linha, a autoridade sul-africana pediu o levantamento das sanções econômicas contra o Zimbábue e o Sudão para que pudessem enfrentar a pandemia de maneira adequada, além da suspensão do pagamento de juros. A estimativa do Fundo Monetário Internacional (FMI) é de que a economia do Zimbábue recue 7,4% em 2020, enquanto o Sudão deve ver seu Produto Interno Bruto (PIB) encolher 7,2% este ano.
"Pedimos a suspensão do pagamento de juros sobre a dívida externa e pública da África", acrescentou o presidente.
A pandemia paralisou as economias nacionais de muitos países em todo o mundo, especialmente aqueles - como muitos dos países africanos - que carecem de recursos financeiros e instituições sociais e políticas robustas para enfrentar a crise atual.
Dados oficiais disponibilizados pelo governo sul-africano mostram que a economia do país, um dos mais desenvolvidos do continente, teve queda de 16% entre o primeiro e o segundo trimestre deste ano. A África do Sul sozinha deve ver seu PIB despencar 8% em 2020 devido ao impacto da pandemia, segundo uma estimativa publicada em agosto pela Bloomberg.