Parte do Pantanal, que vem registrando recordes de queimadas em 2020, fica no estado. As equipes da Força Nacional partiram do Distrito Federal, Goiás, Paraná e Pará.
A operação foi autorizada por meio de portaria assinada pelo ministro da Justiça, André Mendonça, e atende pedido feito pelo governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM).
As queimadas no Pantanal se intensificaram em julho. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o fogo na região é o maior desde que monitoramento começou a ser feito, em 1998.
Bombeiros da região 'estão no limite'
Além da equipe dos bombeiros, o apoio logístico da Força Nacional contará com o envio de dez viaturas, dois micro-ônibus e um helicóptero. Os militares atuarão na região por 30 dias, a partir de quinta-feira (24), prazo que poderá ser prorrogado.
Na terça-feira (22), o secretário de Segurança Pública do Mato Grosso, Alexandre Bustamante, disse, segundo o portal G1, que o reforço das Forças Armadas no combate ao fogo no Pantanal é necessário, pois as equipes de bombeiros que atuam na região "já estão no limite".
O diretor da Força Nacional de Segurança Pública, Antônio Aginaldo de Oliveira, afirmou que os bombeiros enviados possuem "vasta experiência em catástrofes, desastres e incêndios florestais". Anteriormente, o governo federal enviou o reforço de militares da Marinha para ajudar no combate ao fogo no Pantanal.
Na ONU, Bolsonaro fala em 'desinformação'
Dados do Prevfogo, o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos incêndios florestais do Ibama, mostram que a área devastada no Pantanal é de mais de 2,3 milhões de hectares, sendo 1,2 milhão em Mato Grosso e cerca de um milhão em Mato Grosso do Sul.
Em seu discurso na abertura da Assembleia-Geral da ONU, nesta terça-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil é "vítima de de uma das mais brutais campanhas de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal".