Encontrada no Irã masmorra onde polímata persa Avicena foi aprisionado

No Irã, arqueólogos desenterraram parte do antigo templo de fogo, que, segundo pesquisas, durante algum tempo serviu como masmorra para o famoso Avicena.
Sputnik

Segundo o jornal Teheran Times, a descoberta foi realizada durante escavações arqueológicas no vilarejo Fardeqan, na província de Markazi, na região central do país persa.

No mesmo vilarejo, foram descobertas anteriormente ruínas de um edifício religioso. Arqueólogos sugeriram corresponder a um templo de fogo. Durante a última temporada de escavações, limparam a segunda parte do santuário.

"O plano arquitetônico do templo de fogo foi feito em forma de Chartaqi [elemento proeminente da arquitetura iraniana]. Segundo uma série de estudos e comparações, o templo de fogo encontrado deve ser o mesmo templo mencionado em documentos históricos como lugar onde Avicena foi exilado e encarcerado por um tempo", declarou o líder da escavação Mohsen Karimi.

Segundo o arqueólogo, o templo, usado como masmorra, teve entre seus prisioneiros o próprio Avicena, o mais importante filósofo na tradição islâmica e o filósofo mais influente da era pré-moderna.

Encontrada no Irã masmorra onde polímata persa Avicena foi aprisionado

O lendário personagem é conhecido como Avicena no Ocidente. No Oriente, é mais conhecido como Avicena. Nasceu em Afshana, no atual Uzbequistão, no ano de 980, e morreu em Hamadan, no atual Irã, em 1037. Avicena foi o médico de diversas cortes da época.

O espectro de suas pesquisas foi amplo. Durante sua vida, Avicena escreveu mais de 450 obras em 29 campos da ciência. Porém, somente metade de suas obras sobreviveu até os dias de hoje. Apesar de enorme influência e popularidade, Avicena teve que suportar exílio e prisão.

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