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Para desonerar empresas, Guedes defende 'tributos alternativos'

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira (23) que, para desonerar a folha de pagamentos das empresas, o Brasil precisa criar "tributos alternativos". 
Sputnik

Guedes deu entrevista para a imprensa ao lado do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), após reunião com o presidente Jair Bolsonaro para discutir a reforma tributária e um programa de transferência de renda.

Segundo o ministro, diminuir os impostos pagos pelas empresas é importante para ajudar a criar empregos no Brasil. 

"Descobrimos 38 milhões de brasileiros, que eram os invisíveis. Temos que ajudar essa turma a ser reincorporada no mercado de trabalho, então temos que desonerar a folha, por isso que a gente precisa de tributos alternativos para desonerar a folha e ajudar a criar empregos", disse Guedes, segundo o portal G1. 

Além disso, o ministro defendeu a desindexação e a desvinculação do orçamento, acabando com a regra constitucional que define um piso para investimentos em saúde e educação. 

Desemprego aumenta 27,6% em 4 meses

De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (23) pelo IBGE, o desemprego no Brasil subiu 27,6% em apenas quatro meses, atingindo 12,9 milhões de pessoas. A taxa de desocupação em agosto foi de 13,6%.  

No ano passado, a equipe econômica chegou a defender a criação de espécie de nova CPMF. A discussão sobre o tema, no entanto, não avançou. Em 2020, porém, o presidente Jair Bolsonaro deu sinal verde para que a proposta fosse debatida, após Guedes apoiar a criação de um imposto nos moldes da CPMF para desonerar empresas. 

'Importância do auxílio emergencial'

Sobre o auxílio emergencial, Guedes afirmou que é preciso fazer uma "aterrissagem suave" quando o pagamento chegar ao fim, dando a entender que o governo pretende continuar pagando algum tipo de benefício para a camada mais pobre da população. 

"Nós vimos a importância do auxílio emergencial, como isso ajudou a manter o Brasil respirando e atravessando essa onda da crise. Então, temos que também fazer uma aterrissagem suave do programa de auxílio emergencial", disse Guedes.
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