Além do influenciador, o parlamentar pediu a abertura de inquérito para investigar a conduta de dois de seus colegas na Câmara dos Deputados, Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ), assim como do candidato a prefeito de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL).
A manifestação do movimento "Antifa" ocorreu no dia 31 de maio na Avenida Paulista, em São Paulo. O pedido, encaminhado ao procurador-geral da República, Augusto Aras, foi protocolado no dia 1º de junho, mas só foi revelado agora, segundo o portal Congresso em Foco.
Segundo Medeiros, os presentes no ato "iniciaram confrontos com os manifestantes pró-governo, agrediram cidadãos, depredaram patrimônio público, entraram em confronto com policiais e os agrediram, protagonizando cenas de barbárie na capital paulista".
'Alteração da ordem política e social'
O deputado diz ainda que as "cenas foram aterrorizantes e demonstram a vontade desse grupo em promover processos violentos para alteração da ordem política social, bem como a incitação à luta com violência entre as classes sociais, o que fere claramente a lei de segurança nacional em seu art. 23".
Em seu pedido, o parlamentar afirma que o "movimento teve a participação" de Glauber Braga e Sâmia Bonfim, "que se juntaram aos manifestantes e incentivaram os atos violentos por eles praticados".
Em relação a Boulos e Neto, Medeiros argumenta que o "movimento foi comemorado e exaltado nas redes sociais" por eles, que teriam dessa maneira promovido a violência e cometido crime. O deputado acredita que as manifestações só pretendem instaurar o "caos social" e "tomar" o poder do presidente Jair Bolsonaro.
Por meio do Twitter, a deputada Sâmia Bomfim reagiu à notícia, lembrando que José Medeiros teve o mandato de senador cassado em 2018 por fraude eleitoral pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso.
Em abril, o político do Podemos pediu investigação parecida, com base na lei de segurança nacional, contra o próprio Boulos, o jornalista Ricardo Noblat e o deputado Túlio Gadelha (PDT-PE).