Segundo o ministro, o objetivo da medida é "realizar os estudos e análises de potenciais sinergias e ganhos de eficiência administrativa em caso de eventual fusão" entre as duas instituições. A ideia não consiste em uma novidade para o governo, e já havia sido considerada por Jair Bolsonaro ao longo da campanha presidencial de 2018.
Ao longo de sua campanha para Presidência da República, Bolsonaro afirmou que "o governo é especialista em perseguir quem trabalha"; e que "caiu mancha de óleo no quintal do fazendeiro, é multa milionária".
Na época, o então candidato também cogitou a transferência de estruturas que estão hoje no Meio Ambiente para outros ministérios, como a Agência Nacional de Águas. Diante da pressão dos ambientalistas, ele precisou recuar.
IBAMA e ICMBio
Fundado em 2007, o ICMBio é o órgão federal responsável pelas unidades de conservação federal. A autarquia do ministério cuida de 334 unidades protegidas em todo o País. Já o Ibama é responsável pela fiscalização ambiental em todo o Brasil e processos de licenciamento federais, entre outras funções.
Ricardo Salles
Desde que assumiu a pasta, o ministro é criticado por criar regras que dificultaram a aplicação de multas, por transferir poderes do ministério do Meio Ambiente para outras pastas e tentar mudar o entendimento sobre normas como a Lei da Mata Atlântica. Salles também é alvo de objeções sobre as medidas adotadas pelo governo para contenção e prevenção das queimadas pelo país.
Apesar dos pedidos de afastamento do Ministério do Meio Ambiente pelo Ministério Público Federal (MPF) e por diversos partidos de oposição ao governo de Jair Bolsonaro, Ricardo Salles segue à frente de uma das pastas de mais importantes do Brasil.