O estudo analisou mais de 38 milhões de publicações sobre o novo coronavírus em todo o mundo entre 1º de janeiro e 26 de maio de 2020, sendo que 1,1 milhão destas notícias eram falsas (cerca de 3%).
De acordo a pesquisa, o presidente dos EUA, Donald Trump, foi mencionado como fonte em 37,9% das publicações incorretas sobre a COVID-19, entre as quais apenas 16,4% foram checadas pela mídia, "o que sugere que a maioria foram simplesmente divulgadas sem qualquer interferência".
A equipe da Aliança pela Ciência da Cornell, do Departamento de Desenvolvimento Global da Universidade de Cornell, identificou 11 categorias de falsas notícias, como a disseminação de curas milagrosas e teorias da conspiração, que foram as maiores fontes de fake news.
"Embora se possa esperar uma sobreposição substancial entre esses subtópicos, dada a proeminência do presidente Trump dentro do tema das 'curas milagrosas', esses resultados reforçam nossa conclusão de que o presidente dos Estados Unidos foi provavelmente o maior impulsionador de desinformação durante a pandemia da COVID-19", diz a pesquisa.
O estudo também avaliou o impacto das publicações falsas sobre a COVID-19 nas redes sociais, identificando mais de 36 milhões de interações.
"A desinformação sobre a COVID-19 é uma séria ameaça à saúde pública global. Se as pessoas são enganadas por afirmações não comprovadas sobre a natureza e o tratamento da doença, é menos provável que sigam os conselhos oficiais de saúde e, assim, contribuam para a propagação da pandemia e representem um perigo para si mesmas e para os outros", afirma o documento.
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou na madrugada desta sexta-feira (2) que ele e a primeira-dama, Melania Trump, testaram positivo para a COVID-19.