Uma equipe de cientistas russos do Instituto de Arqueologia e Etnografia de Novossibirsk descobriu restos de pessoas decapitadas, bem como uma estatueta única em um enterro coletivo do povo Odinov na Sibéria Ocidental, revela o jornal Siberian Times.
A estatueta, feita de barro, estava colocada junto ao ombro de uma mulher, enterrada há 5.000 anos.
Também foram encontrados dois esqueletos envoltos em uma espécie de casulo de casca de bétula, que os arqueólogos dizem ter sido incendiado antes do enterro. O esqueleto da mulher estava por cima de um outro, pertencente a um homem.
Os esqueletos pertencem ao povo Odinov, cujo nome vem de um assentamento da Idade do Bronze de um rio no sul da Rússia, onde viviam como criadores de gado (cavalos e ovelhas) e também como caçadores e pescadores.
"Curiosamente, nossos antropólogos e geneticistas descobriram que o povo Odinov era mongoloide, mas a face da estatueta tinha características claramente caucasianas. Não vemos o gênero da estatueta, o que é incomum, e não podemos dizer se ela estava vestida", relata Vyacheslav Molodin, diretor da expedição.
Do tamanho de uma mão humana, a estatueta tem uma cavidade no meio, onde arqueólogos encontraram uma pequena placa de bronze e um material orgânico desconhecido. Os cientistas estão agora realizando testes químicos para determinar sua origem.
Além disso, a estatueta tinha uma máscara feita de uma vértebra de cavalo. Os cientistas acreditam que a máscara retratava o focinho de um urso. Curiosamente, a cabeça da estatueta estava separada do corpo.
"Esta é, sem dúvida, a descoberta da estação, a descoberta que qualquer museu mundial desde o Hermitage até o museu do Louvre adoraria exibir. A mulher deve ter sido uma pessoa incomum para ter tal estatueta 'a acompanhando' na vida após a morte", indicou o professor Molodin.
Molodin disse que o povo Odinov tinha um culto do crânio.
"É uma característica desta cultura, eles tinham sepulturas com cabeças decepadas. Elas eram talvez colocados em um santuário, ou enterradas separadamente de uma maneira diferente", teoriza Molodin.