Acredita-se que este artefato é um dos textos mais antigos de ensinamentos religiosos escritos em papel, à exceção das escrituras budistas encontradas no país.
Pesquisadores da Universidade de Keio e outras instituições dizem que o texto é provavelmente o mais antigo manuscrito com comentários sobre os Diálogos de Confúcio, que foram entregues em templos, santuários e casas, escreve jornal The Asahi Shimbun.
Os Diálogos de Confúcio, o livro doutrinal mais importante do Confucionismo, foram compilados por seus discípulos após a sua morte. São uma coleção de textos e diálogos sobre questões da moralidade, educação e política.
O manuscrito recentemente descoberto foi aparentemente levado para o Japão por um dos emissários japoneses. O artefato é uma compilação de comentários, conhecidos como Lunyu Yishu, reunidos por Huang Kan – um estudioso confuciano do antigo Estado de Liang que existiu durante as Dinastias do Norte e do Sul.
Segundo especialistas, todos os manuscritos Lunyu Yishu se perderam na China por volta do século XII.
O artefato é composto por 20 folhas coladas umas às outras de 27,3 cm de comprimento, formando um rolo.
A Universidade de Keio comprou o manuscrito em 2017 de uma livraria antiquária.
O misterioso manuscrito foi estudado por historiadores, especialistas em bibliografia, literatura chinesa e japonesa durante vários anos.
Terukuni Kageyama, professor emérito de história da antiga filosofia chinesa, disse que a descoberta é "inestimável".
Espera-se que o achado dê aos especialistas pistas importantes sobre a história das trocas entre o Japão e a China.