O presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (7) ter autorizado a completa desclassificação de todos os documentos relativos à suposta interferência russa e ao escândalo dos e-mails da antiga candidata presidencial Hillary Clinton.
Autorizo completamente a total desclassificação de todo e qualquer documento relativo ao maior CRIME político da história norte-americana, a farsa russa. Da mesma forma, o escândalo dos e-mails de Hillary Clinton. Sem redações!
Quando todos os documentos forem finalmente desclassificados, e todas as redações removidas dos relatórios, a nação verá que o FBI e CIA não somente sabiam que as alegações de "conluio" contra Trump foram um truque político sujo, mas que eles estavam envolvidos no truque.
Em outra mensagem na rede social Twitter, Trump salienta que "toda a informação sobre a farsa russa foi desclassificada por mim há muito tempo", insistindo que "as pessoas reagiram muito lentamente".
Seu anúncio ocorre após surgirem relatos sugerindo que foi um plano de Hillary Clinton "relacionar" Trump à Rússia na véspera das eleições presidenciais dos EUA de 2016.
Donald Trump tem sido acusado de ter colaborado com o governo russo durante sua campanha eleitoral de 2016, ainda que nenhuma evidência tenha sido apresentada para provar as acusações. Além disso, Moscou negou inúmeras vezes qualquer conexão com a campanha de Trump ou qualquer interferência no processo eleitoral norte-americano.
Em 2017 foi lançada uma investigação para analisar estas acusações. Em seu relatório final, não foi encontrada qualquer evidência de conexões entre Moscou e o mandatário.
Relatos recentes sugerem que o movimento em torno das acusações foi criado por Clinton para distrair o público da controvérsia em torno de seus e-mails.
A ex-candidata usava um e-mail particular, em vez de um do governo, para lidar com toda sua correspondência quando foi secretária de Estado desde março 2015, diz o jornal New York Times.
Sua preferência por um e-mail particular causou debates, gerando acusações de infringir as leis federais ao lidar com informação governamental. Porém, Clinton insistiu que se tratava de uma questão de "conveniência".
A controvérsia gerou grande controvérsia durante a campanha de 2016, quando Clinton foi candidata pelo Partido Democrata. Em julho do mesmo ano, o ex-diretor da CIA, James Comey, afirmou que os resultados da investigação não constituem fundamentos para processá-la.
Contudo, Comey comentou que a ex-candidata foi "extremamente descuidada".