Em meados de setembro, Trump reconheceu que pretendia, no início de seu governo, eliminar fisicamente Assad e que o então chefe do Pentágono, Jim Mattis, o persuadiu a não fazê-lo. Em 2018, um livro do jornalista Bob Woodward já havia revelado os planos de Trump que, à época, negou a veracidade das informações.
"O assassinato é um modus operandi norte-americano. Isso é o que eles fazem o tempo todo - por décadas, em todos os lugares, em diferentes áreas deste mundo. Isso não é algo novo", disse Assad.
Segundo o presidente sírio, a existência de planos de assassinato tramados pelos EUA é "evidente" e "sempre existiu, por diferentes razões".
"Temos que esperar isso em nossa situação na Síria. Com este conflito, com os norte-americanos - eles ocupam nossas terras e apoiam os terroristas - é o que se espera. Mesmo se você não tiver nenhuma informação, deve ser algo esperado", acrescentou Assad.
Falando sobre prevenção, o presidente sírio disse que isso não deveria ser aplicado a todos os episódios de ameaças, mas sim à especificidade comportamental geral dos EUA.
"Nada deterá os Estados Unidos de cometer esses tipos de ações ou atos perversos, a menos que haja um equilíbrio internacional onde os Estados Unidos não possam escapar impunes de seus crimes. Caso contrário, [os EUA] continuarão com esse tipo de ato em diferentes áreas e nada poderá impedi-los", disse Assad.
Questionado se sabia de alguma outra tentativa de assassinato durante sua presidência, o líder sírio disse que não ouviu falar de nenhuma, mas que acredita que "é evidente que há muitas tentativas, ou talvez planos, para ser mais preciso".