FMI anuncia negociações de novo pacote de ajuda para a Argentina

Funcionários do Fundo Monetário Internacional (FMI) planejam retornar à Argentina em novembro para iniciar negociações sobre um novo pacote de resgate para o país sul-americano, altamente endividado.
Sputnik

O FMI anunciou as negociações após reuniões "produtivas" ocorridas entre os dias 6 e 11 de outubro, em Buenos Aires, segundo comunicado oficial publicado pela instituição nesta segunda-feira (12). A vice-diretora do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI, Julie Kozack, e Luis Cubeddu, chefe da missão do FMI na Argentina, chefiaram a delegação da organização durante conversas com autoridades argentinas nos últimos dias.

"O corpo técnico obteve uma compreensão mais profunda dos planos de política das autoridades para estabilizar a economia e colocá-la em um caminho de crescimento mais sustentável e inclusivo", disseram Kozack e Cubeddu através do comunicado.
FMI anuncia negociações de novo pacote de ajuda para a Argentina

De acordo com as duas autoridades do FMI, funcionários da organização retornarão ao país sul-americano em novembro para iniciar as negociações sobre um novo pacote de resgate, enquanto a Argentina luta para cumprir os pagamentos de um empréstimo de US$ 44 bilhões (cerca de R$ 243 bilhões) do FMI.

"O corpo técnico do FMI continuará a se relacionar estreitamente com as autoridades [argentinas]. O corpo técnico planeja retornar a Buenos Aires em meados de novembro para iniciar as discussões sobre um novo programa apoiado pelo FMI", diz o comunicado.

As autoridades argentinas concordaram em agosto deste ano com um acordo de reestruturação com credores privados de US$ 65 bilhões (cerca de R$ 359 bilhões) em dívida soberana, o que permitiu ao país sair formalmente de seu nono default - o que ocorre quando países não conseguem pagar suas dívidas.

A Argentina, como boa parte do mundo, vive hoje uma crise econômica e convive com o crescimento da pobreza. A expectativa do Banco Central argentino é de que o PIB do país caia 11,8% em 2020 devido ao impacto econômico da pandemia da COVID-19.

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