O premiê acrescentou que legitimar o direito da população da república autoproclamada de Artsakh (Nagorno-Karabakh) de se autogovernar, "até o ponto de reconhecer a independência de Nagorno-Karabakh", ajudaria a resolver o problema.
"Estamos muito próximos de uma situação de crise humanitária na região de conflito em Nagorno-Karabakh, para não dizer que já estamos diante de uma crise humanitária", disse Pashinyan em comunicado.
Segundo o premiê armênio, o chamado Grupo de Minsk da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) deve continuar com seus esforços para resolver o conflito em Nagorno-Karabakh, em linha com a declaração de Moscou. Pashinyan agradeceu ao presidente russo Vladimir Putin e aos líderes de França e Estados Unidos por seus esforços para interromper a violência em Nagorno-Karabakh.
Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores armênio assinalou que os ataques indiscriminados do Azerbaijão causaram numerosas vítimas civis em Nagorno-Karabakh.
"Durante a agressão, as Forças Armadas do Azerbaijão atacaram mais de 120 localidades civis de Artsakh (Nagorno-Karabakh), entre elas cidades densamente povoadas como a capital de Nagorno-Karabakh, Stepanakert, a cidade de Shusha e outras", disse o chanceler em uma reunião com o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, realizada em Moscou.
Conflito em Nagorno-Karabakh
No dia 27 de setembro, os enfrentamentos armados entre Armênia e Azerbaijão voltaram a escalar em Nagorno-Karabakh, epicentro do conflito entre os dois países desde 1988, quando o território de maioria armênia decidiu se separar da antiga República Socialista Soviética do Azerbaijão.
Ambos os países se acusam mutuamente das agressões que iniciaram essa nova espiral de hostilidades e, após duas semanas de intensos combates, os negociadores de Baku e Erevan firmaram no último dia 9, em Moscou, um acordo de cessar-fogo, que entrou em vigor no dia seguinte. As duas partes, no entanto, se acusam reciprocamente de romper o armistício.