Em 5 de outubro, o parlamento indonésio aprovou a chamada lei geral sobre mudanças em até 70 legislações nos setores de trabalho, negócios e meio ambiente. Com a polêmica lei, o governo alega o objetivo de impulsionar a economia do país em meio à pandemia da COVID-19. A insatisfação popular gerou protestos em toda a Indonésia. Apenas na semana passada, cerca de três mil pessoas foram detidas.
"Havia cerca de 600 pessoas tentando provocar a massa. Nós [a polícia] ficamos parados no início, mas eles continuaram jogando [coisas] nos agentes de segurança. Nesse momento, nós os empurramos e os prendemos", disse o chefe da polícia de Jacarta, Nana Sudjana, conforme publicado pelo jornal, acrescentando que cerca de 500 pessoas foram detidas por instigar confrontos durante os protestos.
De acordo com a mídia, um grupo de manifestantes continuou jogando garrafas e pedras nos policiais, mesmo depois que a maioria das pessoas já havia deixado a passeata no centro de Jacarta. A polícia usou gás lacrimogêneo contra os manifestantes.
A nova lei aumenta os limites de horas extras de 14 para 18 horas por semana e dá aos empregadores o direito de decidir o pagamento mínimo de horas extras. Além disso, a lei elimina a exigência de dois dias de folga por semana, remove a regulamentação do governo sobre o salário mínimo em diversos setores e dá aos empregadores mais direitos em relação aos trabalhadores, além de reduzir o nível de proteção social.