A decisão de Campbell foi feita em forma de liminar (provisória) sob a justificativa de que a inelegibilidade de Crivella seria "personalíssima", ou seja, é necessário que se tenham "provas robustas" de que o prefeito do Rio de Janeiro cometeu irregularidades.
"Como se sabe, a pena de inelegibilidade [...] é de caráter personalíssimo e, portanto, demanda, para sua aplicação, provas robustas de que o agente tenha efetivamente contribuído com o abuso, não bastando meras ilações decorrentes de apoios a correligionários", escreveu Campbell, citado pelo portal G1.
Em um post nas redes sociais, Crivella confirmou a notícia e citou uma passagem bíblica.
Crivella foi tornado inelegível pelos próximos seis anos por decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ), no fim de setembro.
O prefeito foi acusado de abuso de poder político e conduta vedada por conta de um evento realizado na Comlurb, em 2018, com funcionários da companhia de limpeza urbana do município, no qual o seu filho, Marcelo Hodge Crivella, foi apresentado como pré-candidato a deputado.
A ação apresentada pela Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) e pelo PSOL levou em consideração os fatos de que veículos oficiais terem sido utilizados para pedirem votos para o filho do prefeito e para o próprio Crivella.