Os detidos, inclusive um menor de idade, fazem parte do círculo familiar do agressor, morto a tiros em Eragny, cidade vizinha a Conflans-Sainte-Hororine, local do crime, disse a polícia. Os investigadores chegaram a eles ao fazer buscas pesquisar a identidade do assassino, que não teve o nome confirmado. A Procuradoria Nacional Antiterrorista, criada no ano passado, abriu investigação por "assassinato relacionado à atividade terrorista".
O professor de História tinha 47 anos. Ele foi atacado por volta de 17h no horário francês - 12h em Brasília - com arma branca perto da escola onde lecionava. O assassino foi morto pela polícia no início da noite na França.
Segundo o jornal Le Monde, um documento de identidade foi encontrado no corpo do agressor. Ele teria 18 anos e origem russa, mas a informação não foi confirmada. Já o jornal Le Parisien informou que ele era checheno e nascido em Moscou. Tinha 18 anos e se chamava Aboulakh A.
De acordo com testemunhas, ao ver a aproximação dos policiais, ele teria gritado "Deus é grande" (Allahu Akbar, em árabe) e investido contra os agentes.
Este é o segundo atentado terrorista na França em menos de um mês. No dia 25 de setembro, um homem usou uma faca para ferir dois funcionários do lado de fora do prédio da agência de produção de notícias Premières Lignes em Paris. O edifício era o mesmo da antiga redação do jornal satírico Charlie Hebdo, onde em 7 de janeiro de 2015 um ataque matou 12 funcionários do jornal em represália à publicação de caricaturas do profeta Maomé.
Em 13 de novembro de 2015, aconteceu o mais grave dos atentados terroristas em solo francês. Três explosões e seis fuzilamentos em diferentes pontos de Paris - um deles na casa noturna Bataclan durante um concerto musical - mataram 137 pessoas.
O presidente francês Emmanuel Macron esteve na escola. Em seguida, fez um pronunciamento:
"Um de nossos cidadãos foi assassinado porque estava ensinando, ensinando a seus alunos a liberdade de expressão, liberdade de acreditar ou não acreditar. Nosso compatriota foi vítima de um ataque terrorista islâmico injustificável. Quero dizer esta noite a todos os professores da França que estamos com eles, que toda a nação estará ao seu lado, hoje e amanhã, para protegê-los, para defendê-los, para capacitá-los a fazer seu trabalho, que é o mais belo que existe: fazer cidadãos livres."