O presidente Jair Bolsonaro reforçou hoje (19) na saída do Palácio da Alvorada o que escreveu sexta-feira (16) em uma rede social: a vacinação não será obrigatória. Ele lembrou que a decisão é do Executivo, como informou o jornal O Globo.
"O Programa Nacional de Vacinação, incluindo as vacinas obrigatórias, é de 1975. A lei atual incluiu a questão de pandemia lá, mas é bem clara: quem define isso é o ministério da Saúde, e o meu ministro da Saúde já disse que não será obrigatória essa vacina e ponto final", afirmou.
A seguir, Bolsonaro aparentemente fez referência ao governador paulista João Doria, mas sem citar o nome dele.
"Tem um governador aí que está se intitulando o médico do Brasil, dizendo que ela será obrigatória: repito que não será. Da nossa parte, a vacinação, quando estiver em condições de, depois de aprovada pelo Ministério da Saúde e com comprovação científica, e assim mesmo tem que ser validada pela Anvisa, daí sim nós ofereceremos ao Brasil, de forma gratuita, obviamente, mas repito: não será obrigatória", acrescentou Bolsonaro.
Doria disse na sexta-feira (16) que apenas pessoas com atestado médico serão liberadas de receber o imunizante.
"Em São Paulo a vacinação será obrigatória, exceto para quem tenha orientação médica e atestado médico de que não pode tomar a vacina. E adotaremos medidas legais se houver contrariedade nesse sentido", disse o governador.
Bolsonaro também falou da importância da comprovação científica dela.
"É, tem que ter comprovação científica, o país que está oferecendo essa vacina tem que primeiro vacinar em massa os seus, depois oferecer para os outros países. Assim muita coisa é até na área militar: você só consegue vender um produto bélico para outro país depois que você usar em seu território e, de forma comprovada, mostrar sua eficácia", completou o presidente.