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'China está cada vez mais no nosso radar', segundo entidade brasileira Cecafé

O presidente do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) planeja aumentar a atividade de exportação do café brasileiro para a sua maior parceira comercial há mais de uma década, a China.
Sputnik

O setor de exportação de café do Brasil vai apostar no mercado chinês, revelou Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé, para agência Xinhua no domingo (18).

"Você tem que olhar pelo menos para as duas últimas décadas de crescimento da China. É uma história muito bonita o crescimento da classe média consumidora. E se você olhar para o desenvolvimento da China, ela serve como um exemplo para o bom potencial que o café brasileiro pode ter lá", disse o presidente.

Embora o chá seja mais tradicional no país asiático, o Cecafé tem desenhado uma campanha publicitária para ser realizada em 2021 na China, em cooperação com a embaixada brasileira em Pequim, procurando aproveitar o crescente apetite da classe média do país por hábitos mais urbanos, incluindo o de frequentar cafeterias.

O Brasil, hoje, é responsável por cerca de 38% do mercado mundial de café. "O Brasil tem prestígio no mercado mundial de café. De cada três xícaras de café servidas ao redor do mundo, 'uma xícara e meia' é de café brasileiro. E a China está, sem dúvida, cada vez mais no nosso radar", disse Carvalhaes.

Cafeterias e supermercados chineses terão o material necessário para promover o café brasileiro para seus clientes, incluindo informações sobre certificados de qualidade e de origem, bem como as medidas sanitárias que fazem parte do processo de produção, devido à pandemia da COVID-19.

"Nossa ideia é fornecer café brasileiro para cafeterias na China, para tornar o produto conhecido pelos consumidores através de material educativo e certificados de origem. Temos produção de vídeos e revistas para explicar o caminho que o café brasileiro faz do país até parar na xícara", explicou o presidente do Cecafé.

Ainda segundo Carvalhaes, os compradores chineses também deveriam visitar as diversas fazendas de café do Brasil para adquirir "familiaridade com um modo de produção que tem mais de 300 anos de experiência".

"O Brasil é um país do tamanho de um continente. Ele produz em diferentes regiões com características diferentes. É como se tivesse vários países produtores de café dentro de um só país", acrescentou.

Comércio sino-brasileiro

Empresas brasileiras de café de todos os tamanhos participarão da exibição de seus produtos na Exposição de Importação Internacional da China (CIIE, na sigla em inglês), cuja edição de 2020 ocorre de 5 de novembro a 10 de novembro em Xangai, tendo participado anteriormente nas edições de 2018 e 2019.

A China tem sido a principal parceira comercial do Brasil desde 2009, um fenômeno impulsionado pelas exportações agrícolas para o país asiático.

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