Conforme publicou a agência da Fiocruz, a vacina Bacillus Calmette-Guérin (BCG) é uma vacina conhecida e amplamente utilizada no mundo, sendo aplicada todos os anos em 120 milhões de recém-nascidos. A BCG previne formas graves de tuberculose na infância e também pode gerar proteção contra outras infecções.
O BTB é um ensaio clínico de fase três com o objetivo de avaliar se a vacina BCG reduz impactos da COVID-19 em trabalhadores de saúde, o grupo mais exposto ao contato com a doença. A pesquisa pretende vacinar dez mil pessoas na Austrália, Reino Unido, Espanha, Holanda e Brasil.
Liderada pela Fiocruz, a pesquisa prevê recrutar um total de três mil voluntários no país, sendo dois mil em Campo Grande e outros mil no Rio de Janeiro. O estudo já iniciou o recrutamento de profissionais de saúde voluntários, realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Mato Grosso do SUL (UFMS).
Os voluntários passarão por entrevistas e também testagem sorológica antes de receberem a vacina. O acompanhamento de todos será realizado pela equipe de pesquisa por até um ano. Os pesquisadores farão ligações semanais aos voluntários para saber se apresentam sintomas da COVID-19. O acompanhamento prevê retornos trimestrais com testes sorológicos para detectar casos assintomáticos.
A coordenação do estudo no Brasil será realizada pelo médico infectologista Julio Croda, pesquisador da Fiocruz e da UFMS. Já a coordenação mundial do projeto, financiado pela Fundação Bill e Melinda, a Gates Foundation, fica a cargo do australiano Nigel Curtis, do Instituto Murdoch de Pesquisa sobre Crianças.