A pesquisa, realizada pela Universidade de Oxford (Reino Unido), estudou o impacto a longo prazo da COVID-19 em 58 pacientes hospitalizados pela infecção do coronavírus, divulga a agência Reuters.
O estudo, publicado pelo portal MedRxiv, concluiu que alguns pacientes apresentavam anomalias em vários órgãos depois de terem se infectado e que a inflamação persistente lhes causava problemas por meses.
"Estes resultados destacam a necessidade de estudar mais os processos fisiológicos associados com a COVID-19 e desenvolver um modelo holístico e integrado de assistência médica para nossos pacientes uma vez que recebem alta dos hospitais", disse Betty Raman, medica do Departamento Radcliffe de Medicina da Universidade de Oxford.
Um relatório inicial do Instituto Nacional de Pesquisa da Saúde do Reino Unido (NIHR, na sigla em inglês), publicado na semana passada, indicou que a persistência da doença após a infecção inicial da COVID-19, chamada às vezes de "COVID-19 prolongada", pode provocar uma série de sintomas físicos e mentais.
Os resultados médicos indicaram anormalidades nos pulmões de 60% dos pacientes e problemas renais em 29% das pessoas analisadas. A prevalência de condições cardíacas foi de 26% e em 10% no fígado.
"As anomalias detectadas [...] têm uma forte correlação com os marcadores de inflamação", disse Raman. "Isto sugere um vínculo potencial entre a inflamação crônica e o dano aos órgãos dos sobreviventes."