Moscou pede diálogo e esforço conjunto no golfo Pérsico

Em discurso na ONU, Sergei Lavrov afirmou que ao invés de ações unilaterais, é preciso deixar de lado acusações, suspeitas e ações provocativas de qualquer parte para garantir a paz e a segurança na região.
Sputnik

O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, pediu nesta terça-feira (20), durante os debates do Conselho de Segurança da ONU, maior colaboração da comunidade internacional para enfrentar a situação no golfo Pérsico.

"Temos certeza de que todos estão interessados ​​em uma região pacífica e previsível. As tentativas de ações unilaterais - continuamos a observá-las, estão aumentando - levam a um impasse. A prática de chantagem e ditames, demonização e acusação de apenas uma das partes é errado e perigoso", disse Lavrov.

Na figura de seu ministro, a Rússia fez um apelo à comunidade internacional para promoção de esforços em direção à paz.

A segurança da região é discutida em meio às consequências de um acordo de paz, mediado pelos Estados Unidos, que Israel assinou com os Emirados Árabes Unidos em conjunto com Bahrein, em 15 de setembro, e que gerou indignação na Palestina.

Com os três países formalizando uma série de acordos bilaterais, que cobrem setores como comércio, aviação, energia e pesquisa, Teerã afirmou no início desta semana que o Irã estava pronto para responder a qualquer possível ameaça israelense contra seus interesses no golfo Pérsico.

Teerã concluiu que a normalização dos laços de Israel com os Emirados Árabes Unidos e Bahrein representa uma ameaça direta à segurança de toda a região.

"A chave para melhorar a situação na região do golfo Pérsico deve ser o esforço coletivo em construir relações de confiança com base no respeito pela soberania, independência e integridade territorial dos Estados em estrita conformidade com o direito internacional e a Carta da ONU", acrescentou Lavrov.

As tensões aumentaram no golfo Pérsico no ano passado, principalmente devido ao impasse entre os Estados Unidos e o Irã sobre o acordo nuclear de 2015, quando Washington se retirou unilateralmente do pacto em 2018, levando Teerã a começar a reverter seus compromissos nucleares.

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