"Os asteroides são como cápsulas do tempo, flutuando no espaço, e podem prover registros fósseis do nascimento do nosso Sistema Solar", disse Lori Glaze, diretora da divisão de ciência planetária da NASA, durante uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (19), segundo o New York Times.
ATERRISSAGEM! Coleta de amostras em andamento
Através da análise de partículas de rochas e poeira de Bennu, a NASA espera obter uma compreensão mais profunda de como o Sistema Solar se formou há cerca 4,5 bilhões de anos e como evitar colisões de asteroides com a Terra.
"Todo o trabalho de uma vida esteve focado neste dia, fazer com que a nave robótica tivesse contato com a superfície do asteroide e coletasse amostras", assinalou o Dr. Dante Lauretta, professor de ciência planetária e cosmoquímica na Universidade do Arizona e chefe da missão, segundo o canal CNBC.
Assim que meu coletor de amostras entrar em contato com a superfície de Bennu, vou disparar uma carga de nitrogênio pressurizado para suspender o material, que depois será recolhido. Após esse breve toque, vou disparar meus propulsores para me afastar da superfície.
OSIRIS-REx deve coletar ao menos duas onças (cerca de 56,7 gramas) de material para enviar de volta à Terra.
Está previsto que a NASA realize uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (21) para divulgar algumas imagens da manobra, que vai determinar se a tentativa de coleta de material foi bem-sucedida. No entanto, os pesquisadores apenas saberão o quanto foi coletado após comparar a massa da espaçonave antes e depois da manobra. Essa análise deve ocorrer em dez dias, o que significa que o resultado da manobra só será conhecido no final de outubro, explicou o site Space.com.
Os pesquisadores da NASA anunciaram que escolheram o exato local da superfície de Bennu em que ocorreriam a "aterrissagem" em dezembro de 2019, três anos depois do lançamento da sonda, em setembro de 2016. Desde que chegou próxima de Bennu em dezembro de 2018, a espaçonave vinha observando o asteroide e registrando os momentos em que o corpo celeste expeliu partículas de sua superfície no espaço.