Bangkok está em estado de emergência desde a última quinta-feira (15) por conta das manifestações "pró-democracia", que pedem a saída do general Prayut Chan-o-cha, que está no poder desde 2014, como resultado de um golpe militar que o transformou em primeiro-ministro. Além disso, a multidão também exige que os poderes da monarquia sejam restringidos.
Manifestantes ajudam um policial do lado de fora da Casa do Governo durante um protesto antigovernamental em Bangkok, Tailândia, em 21 de outubro de 2020.
As ações de hoje (21) foram coordenadas via Facebook, Twitter e Telegram. De acordo com um correspondente da Sputnik no local, a multidão se movia em formação de coluna. Quando a marcha teve início, a coluna de manifestantes já se estendia por cerca de 1,5 quilômetro.
A polícia bloqueou o trânsito perto do prédio do Ministério das Relações Exteriores e construiu barreiras nas estradas, colocando, em seguida, uma cerca de arame farpado ao redor da Casa do Governo. Houve confrontos.
Uma recapitulação da marcha dramática de hoje do Monumento da Vitória à Casa do Governo por manifestantes que buscam a renúncia do PM Prayut Chan-o-cha, emendas à carta democrática e reformas da monarquia. Os manifestantes entraram em confronto com a polícia de choque, romperam as linhas policiais cercando os agentes e quase chegaram à Casa do Governo — parados apenas por veículos e canhões de água que bloqueavam uma ponte importante. Eles finalmente enviaram uma oferta para encerrar seus protestos para sempre, se o PM Prayut concordasse em renunciar, antes de se dispersar pacificamente.
Segundo informações da Reuters, os manifestantes conseguiram entregar uma carta exigindo a renúncia de Prayut.
"Nossa luta não acaba enquanto ele não renunciar. Se em três dias ele não renunciar, ele enfrentará o povo novamente", disse uma das líderes do protesto, Patsaravalee Mind Tanakitvibulpon, citada pela agência.
A jovem foi detida em seguida por supostamente violar as medidas de emergência, que o premiê disse mais cedo estar pronto para suspender.
Os pacíficos tailandeses estão voltando para casa após uma marcha de protesto do Monumento da Vitória até a Casa do Governo da Tailândia para entregar a carta a ser assinada em três dias. Não podemos esperar mais multidão/protesto até sábado.
As manifestações na Tailândia começaram ainda em fevereiro, quando o tribunal constitucional proibiu o partido de oposição Futuro Adiante, muito popular entre os estudantes. O surto da COVID-19 e a imposição de um bloqueio no início de abril dificultaram o movimento de protesto. No entanto, a pandemia também afetou a situação econômica do país e aprofundou o ressentimento público com as autoridades.
Os manifestantes exigem reformas políticas, incluindo a revisão da imunidade do monarca a acusações, e a saída do primeiro-ministro, que liderou exército tailandês na execução do golpe de Estado de 2014.