Detectam pela 2ª vez na Via Láctea estrela de nêutrons emitindo 'misteriosas' rajadas de rádio

As chamadas rajadas rápidas de rádio (FRB, na sigla em inglês) são um fenômeno que tem intrigado cientistas há muitos anos. Em alguns milissegundos estas ondas de rádio conseguem libertar mais energia do que centenas milhões de sóis.
Sputnik

Segundo relata portal The Astronomer's Telegram um magnetar chamado SGR 1935+2154, localizado na Via Láctea, emitiu de novo FRB.

Em 8 de outubro, o radiotelescópio CHIME, no Canadá, conseguiu capturar o magnetar emitindo ondas de rádio de três milissegundos de duração e, no dia seguinte, o telescópio FAST, localizado na China, também detectou pulsos de rádio provenientes de SGR 1935+2154.

Os cientistas dizem que os resultados destas descobertas, que podem ajudar os astrônomos a resolver o mistério em torno de FRB, estão sendo analisados por outros pesquisadores.

"É realmente emocionante ver novamente o SGR 1935+2154, e estou otimista que, à medida que estudamos essas erupções com mais atenção, isso nos ajudará a entender melhor a relação potencial entre os magnetares e as rajadas rápidas de rádio", afirmou Deborah Good, astrônoma da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, ao portal ScienceAlert.

Até recentemente, as FRB só tinham sido anteriormente detectadas fora da nossa galáxia, com as fontes dessas emissões localizadas há milhões de anos-luz da Terra.

Detectam pela 2ª vez na Via Láctea estrela de nêutrons emitindo 'misteriosas' rajadas de rádio

Porém, em abril deste ano, uma equipe internacional de cientistas descobriu FRB provenientes de uma fonte na Via Láctea, o magnetar SGR 1935+2154. Os pesquisadores nunca tinham visto magnetares emitindo FRB e após esta ocorrência nenhuma outra fonte conhecida foi detectada liberando FRB novamente.

Magnetar é uma estrela de nêutrons (uma estrela gigante que fica sem combustível e colapsa) que tem um campo magnético extremamente poderoso.

Segundo agência espacial norte-americana NASA, o campo magnético destas estrelas é mil trilhões de vezes mais forte que o da Terra e aquece a superfície da estrela até dez milhões de graus célsius. Atualmente existem 24 magnetares e outro seis corpos celestes aguardam confirmação.

Comentar