Piloto de F-15 revela à mídia americana combate contra caça soviético MiG-23 durante Guerra Fria

Durante a corrida pela supremacia militar no decorrer da Guerra Fria, os EUA criaram uma missão secreta, onde caças MiG foram utilizados para treinar pilotos da Força Aérea dos EUA.
Sputnik

Após 36 anos, um ex-piloto de F-15 revelou ao portal Popular Mechanics os detalhes de sua experiência durante os voos contra os caças soviéticos.

Em 1960, a inteligência norte-americana obteve caças soviéticos, incluindo o MiG-19, o MiG-21 e o MiG-23, de países como Israel, China, Egito e Indonésia.

Com isso, os EUA pretendiam treinar seus melhores pilotos, fornecendo uma concepção real da capacidade dos caças soviéticos em ação, conhecendo suas vantagens e desvantagens, para que em um possível confronto pudessem superá-los.

Piloto de F-15 revela à mídia americana combate contra caça soviético MiG-23 durante Guerra Fria

O programa secreto dos EUA, chamado de Constant Peg, organizou a pequena frota de MiG como 4477º Esquadrão de Testes e Avaliação, que voava em Nevada, palco de um novo programa ultrassecreto da Força Aérea, o caça furtivo F-117A.

O ex-piloto de F-15 Paul Woodford, que integrava essa linha da frente, falou sobre seu encontro memorável com as aeronaves do Constant Peg durante exercícios militares.

Woodford afirmou que os caças MiG-21 soviéticos eram "surpreendentemente ágeis e manobráveis", além de serem "difíceis de serem avistados [...] e alvejados" devido ao pequeno tamanho, ressaltando que o "enfrentamento" durou 20 longos e agitados minutos.

"Ele era difícil de controlar e instável, especialmente com as asas enflechadas atrás. O que ele podia fazer bem, como o piloto nos mostrou, era fazer um ataque com alta velocidade e grande ângulo e depois fugir. Ele acelerou para longe de nós de uma maneira como nunca tínhamos visto antes ou depois, mostrando que se tivesse de atingi-lo aquele seria o momento certo, ou então ele aceleraria de tal maneira que seria impossível atingi-lo", afirmou ele sobre o MiG-23.

Desde que observou em primeira mão como os caças soviéticos operavam, Woodford ficou fascinado, contudo, naquela época ele foi proibido de falar sobre sua experiência.

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