Em pesquisa feita pela EXAME/IDEIA, divulgada nesta sexta-feira (23), o presidente Jair Bolsonaro manteve seus índices de avaliação e atingiu 37% nos conceitos "ótimo/bom". Analogamente, 35%, classificou a gestão de Bolsonaro como ruim ou péssima. Para outros 37%, a atuação do governo é regular.
A taxa de maior aprovação (57%) está localizada no norte do país, seguido por, respectivamente, centro-oeste (48%) e a região sul (47%).
No sudeste, 29% da população avaliou o governo como péssimo.
"Os números mostram que a avaliação do presidente mantém-se resiliente, dentro da margem de erro. O trabalho revela também que a eleição municipal pode ter surpresas até 15 de novembro. É notável que 21% dos entrevistados talvez não votem por causa da pandemia. E que 50% sequer escolheram em quem votar", afirma Renato Mimica, diretor da Exame Research.
O estudo promoveu 1.200 entrevistas, entre homens e mulheres residentes no Brasil com idade igual ou superior a 16 anos. A pesquisa tem uma margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Além dos índices de popularidade, a pesquisa também apresentou questões relevantes sobre as eleições municipais deste ano, e o tema da corrupção no Brasil.
Corrupção
No atual governo, há uma divisão da opinião pública sobre a evolução da corrupção no Brasil. Para 37% nem aumentou, e nem diminuiu. Enquanto isso, 34% acreditam que aumentou, e 25% consideram que diminuiu.
Os que mais acreditam na redução da corrupção são da região Norte (40%). De acordo com a EXAME/IDEIA, a perspectiva sobre a evolução da corrupção no governo é: para 29% vai aumentar, 35% acreditam que será igual, e para 27% deve diminuir.
O estudo ressalta a importância deste tema, uma vez que a avaliação/aprovação do governo é a principal variável que define o otimismo ou pessimismo sobre o tema da corrupção.
Eleições Municipais
O cenário descrito pela pesquisa mostra que podem ocorrer muitas variações e surpresas nos pleitos municipais até o dia 15 de novembro. O número de eleitores que vai às urnas, por exemplo, é incerto: o estudo indica que 21% talvez não votem por causa da pandemia.
O EXAME/IDEIA também concluiu que 50% dos brasileiros ainda não escolheram um(a) candidato(a). Nos segmentos de renda/escolaridade mais baixas, os números chegam a quase dois terços dos eleitores (63% da classe D/E por exemplo). Entre esses, 27% devem definir o(a) candidato(a) na última semana e 16% somente no dia de votar.