Professor britânico-libanês do Imperial College e a COVID-19: conclusões sobre a Sputnik V

Renomado professor no Imperial College e vice-presidente da Academia Internacional de Ciências Médicas, Nadey Hakim celebrou a eficácia do imunizante e destacou a chegada da Sputnik V à América Latina.
Sputnik

Em artigo publicado nesta sexta-feira (23) no site Ibero América Central de Notícias, o respeitado médico britânico-libanês Nadey Hakim descreveu uma série de considerações sobre a vacina russa Sputnik V.

Para ele, "as vacinas serão uma ferramenta importante na luta contra a COVID-19 e, em última instância, na salvação de muitas pessoas em todo o mundo. A abordagem adotada para a produção e administração da vacina deve ser baseada nas melhores tecnologias disponíveis, garantindo ao mesmo tempo que a vacina esteja equitativamente disponível em todo o mundo. Os países precisam construir um portfólio diversificado de vacinas, e a vacina russa, Sputnik V, certamente deve estar entre eles".

O médico aproveitou para comentar o nome dado à vacina desenvolvida na Rússia, e afirmou que a palavra "Sputnik" carrega consigo ao longo da história, desde 1957, quando o satélite foi lançado, o significado de avanço para a raça humana.

Em seu texto, Nadey Hakim celebrou os resultados apresentados até agora pela Sputnik V. Ele afirmou que revisou os dados que foram divulgados sobre o imunizante contra COVID-19 nas principais publicações acadêmicas do mundo.

Não há dúvidas de que, para ele, a consideração mais importante a se fazer agora é "destacar a segurança e eficácia da vacina russa".

Neste contexto, o médico relembrou a importância da medicina na Rússia ao longo dos séculos. "É um fato bem conhecido e aceito que a Rússia tem um longo histórico de sucesso no desenvolvimento de vacinas. A imperatriz russa Catarina, a Grande, abriu o precedente para isso em 1768, quando recebeu a primeira vacinação contra a varíola do país, 30 anos antes de a primeira vacinação ser realizada nos Estados Unidos", escreveu.

"Minha opinião pessoal é que espero que estejamos de volta ao normal em março de 2021, mas ainda acredito que a vacina será de grande utilidade e espero que esteja disponível para todos. Em suma, estou muito animado com o fato de o continente sul-americano estar a bordo da vacina Sputnik V", concluiu o médico.

Acordos com outros países

De acordo com Nadey Hakim, uma das grandes notícias que acompanharam o lançamento da Sputnik V foi a negociação da vacina com diversos países da América Latina e da Ásia.

Em seu artigo, ele destacou nominalmente os acordos com China, Índia, Brasil, Coréia e Turquia. "Esses países poderão então exportar o Sputnik V para os países vizinhos e para outros lugares no futuro", sentenciou.

"Certamente seria bem-vindo ver a cooperação entre vários países e produtores diferentes: precisamos de um esforço conjunto para ter sucesso na luta contra o COVID-19. Veja, por exemplo, a Rússia e o Reino Unido. Pessoalmente, tenho visto a imprensa fazer comentários ou suposições, que são mal concebidos ou mal pensados ​​e, infelizmente, muitas vezes devido à inveja, creio eu, do sucesso de outros países no desenvolvimento de vacinas", escreveu o médico.
Professor britânico-libanês do Imperial College e a COVID-19: conclusões sobre a Sputnik V
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