Ainda com 93% das urnas apuradas, 78,25% dos eleitores votaram por uma nova Constituição no Chile e 21,75% rejeitaram a proposta. A contagem foi publicada pelo jornal chileno La Tercera.
Assim que as urnas se fecharam, milhares de pessoas tomaram a Praça Itália, em Santiago, para comemorar o resultado.
O local que havia se tornado um dos principais palcos dos protestos violentos no país em 2019 neste domingo (25) viveu um clima de festa e celebração.
O povo chileno se reuniu na rebatizada Plaza de la Dignidad, após o encerramento da votação.
O regimento aprovado neste domingo (25) diz que os chilenos devem escolher os integrantes da comissão constituinte. Depois que o novo texto for debatido e aprovado por esse grupo, outro plebiscito vai decidir se o Chile adotará ou não a nova Constituição.
Em pronunciamento, o presidente do Chile, Sebastián Piñera, elogiou o processo eleitoral.
"Estou profundamente grato a todos os chilenos que hoje expressaram livremente sua vontade por meio das urnas para escolher a opção de uma nova Constituição elaborada por meio de uma Convenção Constituinte", disse Piñera.
Nossa democracia foi fortalecida graças a participação do cidadão. Hoje nosso dever será continuar construindo um país melhor
Embora tenha sofrido modificações no texto, a Constituição em vigor até hoje no Chile tinha sido elaborada durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).