De acordo com Aliev, os jornalistas perguntam sempre a mesma coisa para ele, ou seja, onde o Azerbaijão conseguiu os caças F-16 turcos.
"Eu já estou cansado de responder. Então, vocês têm satélites e não sabem o que nós fazemos? Abram e vejam se os F-16 estão no ar ou em terra. Todos sabem que eles estão no solo, que eles vieram para os exercícios e, quando a guerra começou, permaneceram aqui", declarou Aliev.
"Se houver uma agressão estrangeira contra nós, eles verão estes F-16", enfatizou.
O presidente azeri também afirmou que Baku mantém sua posição quanto à soberania de Nagorno-Karabakh.
"Nossa posição não mudou. Nós defendemos a justiça [...] Nesta questão, iremos até o fim", declarou.
Congelamento do conflito
Aliev também comentou as "intenções" de Erevan, afirmando que os armênios pretendem um congelamento do conflito, algo que é desvantajoso para Baku.
"Erevan queria este resultado: que as negociações fossem eternas, que fôssemos continuamente enganados, que este problema ficasse congelado para sempre, que nossos territórios permanecessem ocupados", declarou.
"O congelamento no conflito de Nagorno-Karabakh era bom para todos, menos para Baku, [...] e isso acima de tudo, é vantajoso para Erevan",ressaltou o presidente azeri.
Ele também afirma que o Azerbaijão criou "uma nova realidade" em Nagorno-Karabakh, que Erevan precisa levar em conta.
Comentando as possíveis negociações no quadro do Grupo de Minsk da OSCE, Aliev disse acreditar que suas atividades têm como objetivo "salvar a Armênia". Ao mesmo tempo, ele acrescentou que não é contra a reunião dos ministros das Relações Exteriores do Azerbaijão e da Armênia em Genebra, mas espera que as negociações façam sentido.
Conflito em Nagorno-Karabakh
O conflito, que se agravou em 27 de setembro passado, teve início em fevereiro de 1988, quando Nagorno-Karabakh declarou independência em relação à República Socialista Soviética do Azerbaijão, iniciando uma guerra que culminou com a perda de controle do território pelo Azerbaijão.
Por sua vez, o Azerbaijão tem lutado por sua soberania sobre o território, ao passo que a Armênia defende a autodeterminação da população local, majoritariamente armênia.