Estima-se que mais de sete mil focas morreram em um trecho na costa da península de Pelican Point, na Namíbia, segundo o grupo sem fins lucrativos Conservação de Oceano da Namíbia (OCN, na sigla em inglês) em entrevista para Reuters.
Até o momento, as investigações se concentraram apenas em Pelican Point, portanto suspeita-se que o número real de animais mortos possa ser ainda maior.
A associação de conservação já havia alertado na semana passada que um número incomum de filhotes de focas nascidos prematuramente foi registrado na costa da península desde setembro; no entanto, um aumento no número de focas fêmeas mortas foi documentado na semana passada, de acordo Naude Dreyer, cofundador da OCN.
"O que temos observado são menos filhotes de foca recém-nascidos mortos e muitas fêmeas adultas mortas", revelou Dreyer.
O Ministério de Pesca e Recursos Marinhos da Namíbia anunciou nos últimos dias que serão enviadas para a África do Sul amostras das autópsias efetuadas para determinar a causa das mortes. Dreyer relatou que isso ainda não foi feito devido à necessidade de observar diretrizes rígidas sob o transporte de produtos de animais perigosos.
"Estamos fazendo o possível para encontrar respostas, dada a natureza complexa das investigações, nas quais nem sabemos o que estamos procurando", disse ele.
A explicação para o ocorrido pode vir de duas hipóteses: falta de alimentos causada pela escassez de peixes no local, pois quando há falta de comida, as focas fêmeas frequentemente abandonam seus filhotes ou abortam seus fetos. Ou intoxicação por meio de toxinas e doenças presentes no meio ambiente.
Devido aos custos envolvidos na condução da investigação sobre a morte das focas, a organização solicitou o apoio da sociedade civil, iniciando uma arrecadação de fundos pela Internet, com a qual busca arrecadar pelo menos US$ 5.000.