Eleições nos EUA: quem está por trás do escândalo sexual de Hunter Biden?

Uma reportagem do New York Post que mostra supostas negociações corruptas da família Biden causou repercussão entre o público norte-americano quase duas semanas antes da votação de novembro.
Sputnik

O conteúdo do texto é baseado em e-mails que teriam sido encontrados em um laptop abandonado de Hunter Biden, empresário e filho do ex-vice-presidente.

O GTV Media Group, grupo cofundado pelo ex-conselheiro da Casa Branca, Steve Bannon, está revelando um novo conteúdo supostamente copiado do disco rígido de Hunter Biden que mostram imagens pornográficas de uma pessoa supostamente parecida com o empresário.

Qual é a origem das imagens?

De acordo com as informações publicadas pelo New York Post em 14 de outubro, o conteúdo teria sido encontrado em um laptop abandonado em uma oficina de Delaware, em abril de 2019. Com um adesivo colado da Fundação Beau Biden, o computador teria sido deixado na loja por um cliente que não foi identificado pelo dono do estabelecimento. Em seguida o aparelho foi apreendido e levado ao FBI.

No entanto, uma cópia do disco rígido teria sido salva antes da apreensão pelo dono do computador e enviada ao advogado pessoal de Trump, Rudy Giuliani, que então compartilhou o conteúdo recuperado com o New York Post.

Como a família Biden reagiu à filmagem?

O ex-vice-presidente classificou o escândalo como uma "outra campanha de difamação", que sua esposa disse mais tarde ser de autoria de "capangas de Donald Trump".

De acordo com Jill Biden, o povo americano "não quer ouvir essas difamações" contra seu filho.

Eleições nos EUA: quem está por trás do escândalo sexual de Hunter Biden?

O próprio Hunter Biden não se pronunciou sobre a publicação das imagens, o que vem aumentando os questionamentos do público.

Donald Trump, que acusou verbalmente seu rival democrata e filho de conduta criminosa em relação aos negócios de Hunter Biden na China e na Ucrânia, ainda não fez nenhum pronunciamento forte sobre as filmagens com conteúdo sexual.

Como a mídia reagiu ao vazamento?

O vazamento foi amplamente ignorado pela maioria da mídia dos Estados Unidos. Embora tenha se espalhado rapidamente pelo Twitter e Reddit, ambas plataformas diminuíram o alcance daqueles que tentavam compartilhar o conteúdo. Os moderadores do Reddit citaram as regras da plataforma sobre "pornografia involuntária". Postagens no Twitter com links relevantes também foram aparentemente banidas por violações dos "Padrões da Comunidade" da plataforma.

Facebook censura postagem do American Thinker sobre o escândalo de Hunter Biden...

De acordo com o site Gateway Pundit, que apoia os republicanos, sua conta no Twitter foi suspensa por 12 horas quando uma reportagem sobre o vazamento apresentava um close-up do rosto do homem acusado de ser Hunter Biden no vídeo.

O que é o GTV?

O GTV Media Group foi fundado em abril pelo ex-conselheiro de Trump, Steve Bannon, e pelo bilionário chinês Guo Wengui. A organização estaria, inclusive, sendo investigada em relação a US$ 300 milhões (R$ 1,7 bilhão) em investimentos arrecadados. Os investigadores estão apurando se o GTV Media violou as leis de valores mobiliários após reclamações dos investidores de que não haviam recebido uma documentação relevante comprovando seus investimentos na empresa.

Bannon também esteve sob os holofotes após ser preso por acusações de lavagem de dinheiro no processo de arrecadação de fundos para construir um muro na fronteira entre os Estados Unidos e o México. O ex-conselheiro de Trump nega as acusações.

O que mais estava dentro do laptop?

De acordo com a reportagem do New York Post, o dispositivo, mais tarde apelidado pelo presidente Trump como o "laptop do inferno", contém não apenas imagens gráficas de sexo, mas também informações detalhadas sobre as negociações disputadas de Hunter com a empresa ucraniana Burisma em 2015. Outros supostos e-mails também sugeriram negociações questionáveis com empresários chineses.

Após a publicação das cartas spbre a Ucrânia, cuja autenticidade até agora não pôde ser confirmada de forma independente, Donald Trump pediu que o procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, "agisse rápido" e investigasse o assunto antes da eleição.

Comentar