O movimento Fatah, também conhecido como Movimento de Libertação Nacional da Palestina, é ligado à Autoridade Palestina, presidida por Mahmoud Abbas, e postou recentemente um videoclipe em sua página do Facebook, que foi restaurada. O vídeo apresenta um trecho de uma música pedindo aos Estados árabes que se "unam" e se preparem para o "cemitério dos judeus", de acordo com uma tradução por um instituto de pesquisa israelense sem fins lucrativos, com base Israel, Palestinian Media Watch (PMW, na sigla em inglês).
A postagem do vídeo do Fatah foi acompanhada de uma legenda informando que a cidade de Ramallah, na Cisjordânia, a apenas dez quilômetros de Jerusalém, foi "invadida" em 13 de outubro. A canção usada no clipe clama para que Jerusalém seja "libertada dos judeus", segundo escrutinador.
"Quando o arabismo se torna herético e se torna sionista e americano; Iremos a [Jerusalém] com os cavaleiros de Alá; Alegrar! [Você] será libertado dos judeus; Nós iremos resgatá-lo; As fronteiras [entre os árabes] serão derrubadas; E seremos unidos; Este é o cemitério dos judeus", sugere a letra do clipe publicado em 13 de outubro, traduzido pelo PMW.
O PMW acredita que o trecho "o arabismo se tornando herético, sionista e americano", se refere à recente assinatura de acordos de paz entre Israel e duas nações árabes, Emirados Árabes Unidos e Bahrein. Os acordos de normalização, chamados de Acordos de Abraham, foram duramente criticados pela Autoridade Palestina e seu presidente Mahmoud Abbas, acusando-os de "traição" à causa palestina.
De acordo com o PMW, a canção completa foi publicada pela primeira vez em dezembro de 2017, quando o presidente dos EUA, Donald Trump, reconheceu Jerusalém como a capital israelense, transferindo a embaixada americana para o local.
Não é a primeira vez que o Fatah é criticado pela PMW por suas explosões nas redes sociais. Nos últimos anos, o PMW tem acusado a página do grupo palestino de "incitar e glorificar o ódio e a violência" com algumas de suas postagens.
A conta do Fatah já foi eliminada e restaurada outras vezes, porém, o PMW ainda insiste que o movimento "continua fazendo mau uso do Facebook para promover o antissemitismo e a matança de judeus".