Apesar da pressão, a África do Sul acordou permitir que seu território seja usado para a instalação do sistema, anunciou à Sputnik Yuri Roi, diretor-geral da empresa Sistemas de Instrumentos de Precisão (integra a agência espacial russa Roscosmos).
"Um sistema deste tipo funciona no Brasil. Outro está pronto para ser enviado à África do Sul. A África do Sul recusava recebê-lo, ao que parece, devido a pressões. Ela acabou de dar seu consentimento, finalmente", salientou o diretor-geral, sem precisar de onde viriam essas pressões.
"O país onde será instalado o terceiro sistema ainda não foi definido", acrescentou Roi.
Estações optoeletrônicas de alerta
Em março de 2019, a Roscosmos declarou que se propunha instalar três estações optoeletrônicas de alerta sobre objetos perigosos do espaço na África do Sul e América Latina. A primeira estação, implantada no Brasil, funciona desde 2017.
A missão principal destas estações consiste em detectar aproximações perigosas entre aparelhos espaciais e fragmentos de destroços, assim como seguir objetos espaciais potencialmente perigosos que deixem a órbita de forma descontrolada.
Os sistemas optoeletrônicos contam com telescópios para a procura e detecção autônomas de objetos medindo até 30 centímetros, a uma distância de até 50 mil quilômetros.