Polícia francesa liberta suspeito detido após ataque contra padre ortodoxo em Lyon

O suspeito capturado após os disparos efetuados contra um padre ortodoxo grego nos arredores de uma igreja na cidade francesa foi libertado neste domingo (1º), informou a promotoria local.
Sputnik

De acordo com a agência de notícias AFP, o homem foi liberado depois que os investigadores não encontraram qualquer evidência que o vinculasse ao ataque. Além disso, o suspeito não poderia seguir sob custódia da polícia por seu estado de saúde. A agência acrescentou que os promotores não descartam nenhuma hipótese para o crime, mas ainda não encaminharam o caso para a promotoria especializada no combate ao terrorismo.

O religioso, um cidadão grego chamado Nikolaos Kakavelaki, de 52 anos, foi gravemente ferido ontem (31) pelos disparos efetuados por um suspeito armado com um rifle de caça de cano serrado. O atirador conseguiu fugir do local e o suspeito liberado hoje (1º) acabou sendo detido mais tarde.

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Ataque em Nice

Após a ataque que vitimou três pessoas - entre elas a brasileira Simone de Barreto Silva - na última quinta-feira (29), na basílica de Notre-Dame, em Nice, as autoridades francesas anunciaram hoje (1º) que outras duas pessoas foram presas por ligação com o crime que, segundo a promotoria, foi cometido por um jovem tunisiano recém-chegado à Europa.

Com isso, as autoridades mantêm sob custódia um total de seis pessoas, que estão sendo interrogadas para averiguar possíveis conexões com o suposto agressor, Brahim Issaoui, de 21 anos, e ajudar a entender qual seria sua motivação.

Issaoui foi atingido por vários disparos da polícia e segue internado em estado grave em um hospital. Os investigadores ainda não conseguiram interrogá-lo e fontes próximas do caso disseram que suas motivações ainda não estão claras, apesar de o ministro do Interior Gerald Darmanin ter afirmado que o jovem tunisiano "claramente foi para lá [Nice] para matar", informou a AFP.

O ataque em Nice foi descrito pelo governo francês como o mais recente ato de terrorismo "islamista" no país, que acontece depois que a revista satírica Charlie Hebdo decidiu republicar, em setembro, caricaturas do profeta Maomé. Anteriormente, um ataque foi registrado nas proximidades da antiga redação da revista no final de setembro e um professor foi decapitado em Paris, em 16 de outubro, após exibir as caricaturas em sala de aula.

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