Além da Qassed, uma munição guiada eletro-óptica inteligente de 900 quilos, aeronaves iranianas dispararam diversos mísseis táticos ar-terra Maverick.
Ambas as munições atingiram os alvos com precisão milimétrica, segundo o porta-voz dos exercícios, general-brigadeiro Farhad Goudarzi, citado pelo Tehran Times.
De acordo com Goudarzi, nos exercícios também foi possível observar a operação de drones kamikaze Arash. Os Arash são veículos aéreos não tripulados equipados com ogivas, podendo voar a uma distância de 100 quilômetros antes de despencar sobre fortificações inimigas, destruindo-as.
Na terça-feira (3), caças Su-24 atacaram alvos inimigos simulados com mísseis inteligentes de 500 quilos. Além disso, jatos F-14 e MiG-29 também participaram das manobras, realizando operações de combate aéreo contra inimigos simulados, enquanto aeronaves McDonnell Douglas RF-4, equipadas com câmeras produzidas no país, realizaram missões de reconhecimento no local.
Drones Kaman 12 coletaram dados de inteligência e conduziram missões de reconhecimento eletrônico. Na segunda-feira (2), caças F-5, F-7 e F-14, bem como o novo caça iraniano Saeqeh e aviões de reabastecimento Boeing 707, realizaram missões conjuntas com outras aeronaves.
Os exercícios Defensores do Céu tiveram início na segunda-feira (2), com duração de dois dias, envolvendo unidades de sete bases aéreas.
O exercício anual é realizado na província de Isfahan, segundo o comandante da Força Aérea iraniana, general-brigadeiro Aziz Nasirzadeh.
As manobras envolvem caças, bombardeiros, aviões de transporte e reabastecimento, aviões de reconhecimento e drones, incluindo aeronaves de fabricação nacional armadas com mísseis inteligentes de longo alcance, de acordo com o chefe da entidade.
Teerã enfrenta um impasse com os EUA desde que o presidente norte-americano Donald Trump assumiu o cargo em 2017, quando Washington passou a reforçar a presença militar na região do golfo Pérsico com o pretexto de garantir a segurança das rotas marítimas na região.