O Serviço Nacional de Inteligência (NIS, na sigla em inglês) da Coreia do Sul disse que a Coreia do Norte minou áreas ao longo da fronteira com a China para proteger o país da infiltração da COVID-19, informou a agência sul-coreana Yonhap na terça-feira (3).
De acordo com a mídia sul-coreana, esta informação foi revelada durante uma sessão a portas fechadas do Comitê de Inteligência do Parlamento sul-coreano. Um membro do parlamento, Ha Tae-keung, que representava o principal Partido do Poder Popular da oposição, teria relatado a notícia à mídia.
"O Norte bloqueou suas fronteiras e enterrou minas terrestres em partes das áreas de fronteira com a China", afirmou Ha Tae-keung, citado pela Yonhap.
Ele acrescentou que Pyongyang está preocupada que a propagação da COVID-19 seja fatal para a Coreia do Norte, uma vez que o país não tem equipamentos médicos para conter a doença.
Um documento proveniente de uma reunião do Partido dos Trabalhadores da Coreia (WPK, na sigla em inglês) do dia 27 de fevereiro, alertou que até 500.000 pessoas poderiam morrer se o vírus se espalhar no país, de acordo com o NIS.
"Como não há meios físicos ou técnicos para lidar com o coronavírus, existe algo como um trauma do coronavírus na Coreia do Norte", relatou.
De acordo com a agência, o NIS também informou que os funcionários de Pyongyang que não conseguirem conter a disseminação da infecção podem ser condenados à morte.
Em 22 de setembro, as forças de segurança da Coreia do Norte mataram um oficial sul-coreano do departamento de pesca, que havia nadado nas águas territoriais da Coreia do Norte.
De acordo com relatórios, os soldados incineraram seu corpo e seus pertences com o uso de máscaras de gás e macacões de proteção, o que fez as autoridades da Coreia do Sul acreditarem que o homem havia sido morto por causa do medo da vizinha do Norte em relação à COVID-19.
Em 10 de outubro, o líder norte-coreano Kim Jong-un disse que o país não tinha um único caso de coronavírus.