O número de casos cresceu em muitas partes da Noruega e atingiu um novo pico na semana passada. Durante muito tempo, o país escandinavo manteve uma das taxas mais baixas de infecção do novo coronavírus na Europa.
"A situação é muito séria, e [...] não temos tempo para esperar e ver se as medidas introduzidas na semana passada serão suficientes", disse Solberg nesta quinta-feira (5), segundo a emissora estatal NRK.
Na semana passada, a Noruega apertou as restrições sobre aglomerações e para o acesso de trabalhadores estrangeiros no país. Agora, as autoridades clamam para que os noruegueses limitem seus movimentos e interações sociais. A partir do próximo sábado (7), restaurantes e bares terão que fechar à meia-noite.
Os estrangeiros que não possuem permissão de residência no país terão que apresentar um certificado com um teste negativo para a COVID-19 antes da viagem e deverão passar por quarentena em um hotel, onde serão novamente testados, a não ser que possuam um local próprio no país. Não será permitida a hospedagem na residência de parentes sem que o visitante vindo do exterior passe antes pela quarentena.
A Noruega detectou 3.118 novos casos de COVID-19 na semana passada, depois de registrar 1.718 na semana imediatamente anterior. Ambos os registros são maiores que o pico de 1.733 casos ocorrido em março, durante o início da pandemia, segundo informações do Instituto de Saúde Pública do país.
O governo norueguês agora se prepara para aprofundar as restrições, caso seja necessário, para evitar um colapso nos serviços de saúde pública, segundo Solberg.
Na Noruega, o número de casos acumulados nos últimos 14 dias por 100 mil habitantes foi de 88,8, o terceiro mais baixo na Europa atrás de Finlândia e Estônia, segundo o Centro Europeu para a Prevenção e o Controle de Doenças.